Campanha sobre o Jornalismo cidadão
Jornalismo cidadão
Antes de abordar sobre o jornalismo cidadão é de extrema importância manter a percepção de que o jornalismo é profissionalmente transmitido por um indivíduo que suporta tolerar técnicas, conhecimento ou instrução racional e “assume a direção técnica na preparação do procedimento e execução dos meios de produção” (WEBER, 1971, p. 20). O profissional, para Weber, é um expert ou perito com formação especializada, remetendo às noções de competência, integridade, conduta ética, qualificação, obediência, poder, prestígio, renda, posição social, privilégios.
Partindo deste orçamento, podemos compreender que o jornalismo cidadão é aquele exercício por cidadãos sem formação jornalística, participação de forma activa no processo de recolha, reportagem, análise ou disseminação de notícias e informação
Desde a consolidação comercial da internet, em meados dos anos 1990, o jornalismo tem passado por uma série de transformações em seus processos de produção e circulação de conteúdo. Transformações essas que abrangem sua lógica de funcionamento, bem como o incorporado de novos formatos de produtos noticiosos, papéis profissionais e reconfiguração de relações entre os atores envolvidos, Palácios (2014):
Ainda na óptica do mesmo autor, um dos maiores indicadores de reconfiguração da relação entre os atores envolvidos nesse processo é o jornalismo cidadão, este que possui características distintas da forma profissional de fazer jornalismo, sendo algumas delas as seguintes: multimodalidade; interatividade; hipertextualidade; personalização; personalização; memória e instantaneidade; atualização contínua.
Partindo do orçamento de que as televisões não podem estar em todo lugar a todo momento o jornalismo passou a deixar um espaço mais amplo para a interação entre os diferentes atores, trazendo ao público assuntos que são julgados pouco relevantes pelo jornalismo, nesse sentido podemos ver o jornalismo cidadão como sendo um fenômeno que complementa a forma mais clássica de fazer jornalismo.
Referências Bibliográficas
QUADROS, Cláudia; PALACIOS, Marcos; SILVA, Jan Aline Barbosa. Metodologias de pesquisa em jornalismo participativo no Brasil. In: PALACIOS, Marcos; NOCI, Javier Diaz (orgs.). Metodologia para o estudo dos cibermeios. Estado da arte & perspectivas. Salvador: EDUFBA, 2008
WEBER, Máx. Os fundamentos da organização burocrática: uma construção de tipo ideal. In: CAMPOS, Edmundo (org.). Sociologia da burocracia. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1971. p. 15-27.
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